segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dez dicas para o crescimento espiritual

O crescimento espiritual é o processo do despertar interior, tornando-se consciente de nosso ser interior. Isto significa a elevação da consciência além da existência comum, e o despertar para algumas verdades 
Universais. Significa ir além da mente e do ego e compreender quem realmente 
você é.

O crescimento espiritual é um processo de desprendimento de nossas concepções, pensamentos, crenças e idéias errôneas, tornando-nos mais e mais conscientes de nosso ser interior. Este processo revela o espírito
interior que está sempre presente, mas oculto além da personalidade-ego. O 
crescimento espiritual é de grande importância para todos, não somente para as 
pessoas que buscam a iluminação espiritual e escolhem viver em locais distantes 
ou isolados. O crescimento espiritual é a base para uma vida melhor e mais 
harmoniosa para todos, livre de tensão, medo e ansiedade. Ao descobrirmos quem 
nós realmente somos, nós temos uma abordagem diferente da vida. Nós aprendemos 
a não permitir que as circunstâncias externas influenciem o nosso ser interior 
e o estado da mente. Nós manifestamos serenidade e desprendimento, e 
desenvolvemos poder e força interior, os quais são ferramentas muitos úteis e importantes.

O crescimento espiritual não é um meio para escapar das responsabilidades, com comportamentos estranhos e sendo uma pessoa não prática. É um método de evoluir e se tornar uma pessoa mais forte, mais feliz e mais 
responsável. Vocês podem percorrer o caminho do crescimento espiritual, e ao 
mesmo tempo, viver o mesmo tipo de vida como todos os outros. Vocês não têm que 
ter uma vida reclusa, em algum lugar distante. Vocês podem criar uma família, 
trabalhar ou dirigir um negócio, e ainda, ao mesmo tempo, se engajarem em 
práticas que levem ao crescimento interior.

Uma vida equilibrada requer que cuidemos não somente das necessidades do corpo, sentimentos e mente, mas também do espírito, e este é o papel do crescimento espiritual.

Dez dicas para o crescimento espiritual:
1 - Leia livros espirituais e edificantes. Pense no que lê, e descubra como você pode usar a informação em sua vida.
2 - Medite, por pelo menos 15 minutos todos os dias. Se não souber como meditar, é fácil encontrar livros, websites ou professores que podem lhe ensinar a meditação.
3 - Aprenda a acalmar a sua mente através de exercícios de concentração e da meditação.
4 – Reconheça o fato de que você é um espírito com um corpo físico, não um corpo físico com um espírito. Se puder realmente aceitar esta idéia, isto mudará a sua atitude em relação a muitas coisas em sua vida.
5 – Olhe freqüentemente para si mesmo e para a sua mente, e tente descobrir o que é que o torna consciente e vivo.
6 – Pense positivo. Se você estiver pensando de modo negativo, imediatamente mude para o pensamento positivo. Esteja no controle do que entra em sua mente. Abra a porta para o positivo e a feche para o negativo.
7 – Desenvolva o hábito da felicidade, olhando sempre o lado bom da vida e se esforçando para ser feliz. A felicidade vem do interior. Não permita que as suas circunstâncias externas decidam a sua felicidade por você.
8 – Exercite freqüentemente a sua força de vontade e a sua capacidade de tomar decisões. Isto o fortalece e lhe dá o controle sobre a sua mente.
9 – Agradeça ao Universo por tudo o que você recebe.
10- Desenvolva a tolerância, a paciência, o tato e a consideração pelos outros. O crescimento espiritual é o direito nato de todos. É a chave para uma vida de felicidade e de paz de espírito, e da manifestação 
do enorme poder do espírito interior. Este espírito está igualmente presente na 
pessoa mais materialista e na pessoa mais espiritualizada. O nível da 
manifestação da espiritualidade depende de quanto o espírito interior está 
próximo à superfície e de quanto ele está oculto pelos pensamentos, crenças e 
hábitos negativos.

Remez Sasson 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Porque tudo se renova

Outro dia, sem nem perceber... me peguei me aceitando, em algumas coisas que antes não aceitava em mim... e pude sentir o gosto da liberdade bem na ponta da língua, de tão real...

Sabe aquelas coisinhas que você julga que não são muito boas, coisinhas bobas e sem importância, mas que, por memórias equivocadas não se adequam ao que cabe dentro das regras, e você se vê, automaticamente, seguindo ainda essas regras... e fazendo muita coisa porque ainda tem que.

Pois é... de repente me vi livre de muitos tem que.... e foi tão bom... mas tão bom que pude sentir como é simples ser feliz.


Percebi como ainda tinha medo de me revelar por inteiro... como sou... sem mais nem menos... E é tão bom, quando dentro das suas possibilidades do momento, você se aceita mais um pouquinho que seja, com seus supostos defeitos e qualidades... sem julgar se aquilo é um defeito ou qualidade, mas aceitando que aquilo é Você na forma em que se encontra hoje...
Mesmo porque defeito e qualidade são muito relativos e o que é defeito para um pode ser qualidade para outro... Eu mesmo já mudei de idéia quanto a muita coisa que achava que era defeito e que vi que era qualidade e vice-versa... Afinal, nosso juízo sobre esses assuntos são muito direcionados por padrões de normalidade que, cá entre nós, não são lá muito confiáveis... porque foram criados para que neles coubessem muitas pessoas.... mas muitas mesmo...

Por isso, quando a gente descobre que não precisa se adequar a nenhum padrão de comportamento que não seja o ditado pela nossa Alma, a liberdade que vem daí não tem preço... Liberdade não só para você, mas para todo mundo que você também queria enquadrar...
Você começa a perceber a beleza única de cada um... a riqueza infinita de formas de ser e de fazer, que não se repetem uma única vez... as infinitas possibilidades da Criação se manifestando em cores e nuances mágicas que, fazem da vida um arco-íris que se estende até o infinito, como um tapete macio e colorido que recebe pés que ousam dar o primeiro passo, a cada passo...

Você percebe a beleza irrepetível de fazer a aparentemente mesma coisa, de forma única, porque sabe que na abundância ilimitada da criação existem infinitas possibilidades de combinações que nos possibilitam sempre trazer o novo... mesmo no velho...

Você percebe que o velho nem existe.... porque tudo se renova. O que existe é o nosso apego às coisas que... cristalizamos com ele e com isso paralisamos no tempo tendo a falsa ilusão que aquilo não muda...

E, então, você acorda um dia maravilhada por descobrir que aí mesmo na sua casa, da maneira que é você é, no seu jardim... ou no quintal... ou mesmo na janela do seu apartamento, existe todo um mundo novo esperando para se revelar para você... que também já não é a mesma pessoa que dormiu ontem... nem por dentro nem por fora. Ninguém passa por um dia ou por uma noite impunemente... sempre saímos diferentes do que entramos...

E você entende, de repente... que ser feliz é como uma brisa que sopra suave e acaricia seu rosto... lhe fazendo puxar o ar inesperadamente para bem profundo... ao constatar que você está sendo cuidada pela vida...


Rubia Danté

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Procuro um amante

Amante é "aquilo que nos apaixona". É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono, e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir. O nosso amante é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis. Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música ou na política, no esporte ou no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente ou na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto...

Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "ir levando". E o que é "ir levando"? É ter medo de viver. É vigiar a forma como outros vivem, é se deixar dominar pela pressão, é perambular por consultórios médicos, é tomar remédios multicoloridos, é afastar-se do que é gratificante, é observar decepcionado cada ruga que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou frio, com a umidade ou a chuva. "Ir levando" é adiar a possibilidade de desfrutar o "hoje", fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.

Por favor, não se contente com "ir levando", procure ou busque um amante, seja também um amante e um protagonista da SUA VIDA. Acredite: o trágico não é morrer, afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém. O trágico é desistir de viver, por isso, sem mais delongas, procure um amante.

- Dr. Jorge Bucay - 

domingo, 12 de dezembro de 2010

Os fios da nossa vida

Toda vez que amamos uma pessoa lançamos, por assim dizer, um fio de nossa energia sobre ela, o que cria uma conexão viva entre os dois campos vibratórios, mesmo à distância. Dessa forma, "sentimos" quando ela não está bem ou quando pensa em nós intensamente. 

Projetamos esse fio de conexão também sobre os amigos, as pessoas que gostamos, os projetos que temos; toda vez que nos identificamos com alguém e alguma coisa, lançamos nela uma parte de nossa energia, criando o vínculo. 

Da mesma forma, quando odiamos alguém ou temos medo de algo, também nos ligamos energeticamente, mesmo sem querer. Quantas vezes ouvimos falar de pessoas que durante anos e anos ficaram presas entre si pelo ódio, sempre realimentado, sem conseguir seguir adiante na sua vida...

As situações mal resolvidas no passado formam muitas vezes uma rede de fios que carregamos nas costas (à imagem dos cães que arrastam na neve os trenós nos países gelados ) - continuamos arrastando as lembranças e culpas pela vida afora - e empenhando tanta energia nisso que pouco sobra para estarmos disponíveis para o presente. Ficamos, literalmente, amarrados ao passado.

Vivemos, assim, em meio a uma rede de fios que nos liga às pessoas, situações, ideais, medos, lembranças e esperanças.

Esse vínculo pode ser muito prazeiroso em certas situações, como quando amamos; mas quando o contato termina, muitas vezes sentimos que "uma parte de nós" ficou com o outro. Embora estejamos nos referindo aos sonhos e expectativas, isso ocorre realmente em termos energéticos.


É necessário "puxar o fio de volta", resgatar a energia que ficou projetada sobre o outro, e Integrá-la novamente em si mesmo. Voltar a estar inteiro. 

O perdão é uma forma de fazer isso. Ao perdoar o outro, abrimos mão de toda expectativa lançada sobre ele e com isso trazemos de volta toda a nossa energia que com ele estava - seja sob a forma de amor, mágoa, raiva ou desejo de vingança. Ao liberar o outro, nos libertamos também. 

Da mesma forma, ao resolvermos internamente alguma situação do passado - aceitando as coisas da forma como aconteceram, mesmo que não tenha sido da maneira como esperávamos - recebemos de volta a energia lá investida e que até aí estava paralisada.

Ao fazer isso, fecha-se a brecha, e nos tornamos mais completos novamente. O que o outro faz não nos afeta mais. O que aconteceu é passado. Nos tornamos mais atentos ao presente. E, principalmente, mais disponíveis para a vida.

Sonia Weil

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Aqui mulher manda e o homem obedece

Diga! Diga que não vive feliz sem mim, que o mundo é cinza sem o meu sorriso. Tenha certeza que diante dessa declaração eu lhe entregarei todo o meu ardor!

Traga! Traga o seu melhor sorriso, a sua história mais divertida e os seus sonhos mais insanos, eu te ajudarei a conquistar cada um deles.

Mande! Mande flores de todas as cores, aromas e formatos com frases malucas e versos de paixão, eu te amarei no ato!

Desacredite! Desacredite, duvide, não coloque fé alguma nas minhas afirmações sobre não precisar de você... Sobre a minha auto-suficiência... Sobre o meu trabalho me bastar. EU PRECISO DE VOCÊ!

Ignore! Ignore o meu ciúme, desfaça a minha insegurança com o seu melhor beijo e receba em troca a minha paixão em forma de sedução.

Faça! Faça juras de amor aos quatro ventos, mande cartas, torpedos e e-mails que eu te devolverei risadas, prazeres e momentos inesquecíveis.

Aprenda! Aprenda que nem tudo que eu digo deve ser levado ao pé da letra, mas ainda assim eu preciso que você escute, nem que seja para rir de mim ou comigo. Prometo que a diversão será garantida!

Despreze! Despreze a minha indiferença, ela serve apenas de escudo para eu não demonstrar o quanto sou louca por você, especialmente após um desentendimento qualquer.

Abrace! Abrace-me quando eu chorar, não queira encontrar respostas para os meus problemas, simplesmente me envolva com a sua força masculina e me segure firme. Nesse momento você compreenderá como a sua presença é insubstituível.

Entenda! Entenda que nem sempre eu consigo ser tão racional quanto você gostaria, mas são justamente diante das nossas incongruências que eu posso te mostrar o que habita de especial na minha alma de mulher, deixe-me colorir a sua vida.

Proteja! Proteja-me de mim mesma, da minha insanidade em querer acreditar que a solidão não me incomoda, da minha arrogância em falar EU ao invés de NÓS , da minha prepotência em afirmar que não preciso do seu amor, da sua força e do seu vigor.

Entre! Entre, não bata na porta, invada a minha vida, venha perfumado ou desalinhado, mas venha.

Agarre! Agarre os meus cabelos com força e um toque de doçura. Cheire os meus lábios antes de tocá-los com a sua boca. Mergulhe nos meus olhos, mas não diga palavra alguma, apenas os seus olhos devem me tirar para dançar...

Dance! Dance a música do amor diante do meu corpo nu, porém não esqueça de convidar a minha alma para bailar, caso contrário você receberá apenas uma pequena parte do prazer que eu posso lhe ofertar.

AME! Ame sem restrições, machismo ou egoísmo, ofereça o seu melhor. Ame e receba em dobro tudo de maravilhoso que uma mulher pode agregar a existência de um homem.

Obedeça! Obedeça a todas essas regras e eu lhe garanto que não irá se arrepender. Eu vou te amar como você jamais foi amado... Do direito e do Av3sso, com uma paixão avassaladora, com o calor do sol e o frescor da lua. Espalharei o amor pelos quatro meridianos da sua existência, realizarei os seus desejos mais secretos, entoarei os mais belos cânticos para a sua alma e o conduzirei a caminhos desconhecidos e a trajetos de felicidade inexplorados. Lembre-se, porém, que no território de uma Av3ssa você não manda, apenas obedece, esse é o preço!

Lígia Guerra

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Bolinhos de chuva

A gente se cobra tanto que esquecemos de fechar a porta. Deveríamos nos pressionar menos. Aceitar que esqueceremos sempre alguma coisa a sair, de que é natural não se lembrar de tudo, de que não adianta se explicar, o melhor é viver sem sinalização. Tão simples. Extraviei a ingenuidade e não coloquei nada em seu lugar. Talvez minha ingenuidade fosse comer bolinho de chuva no sábado de tarde. Ingenuidade é quando temos vó para fazer nossos desejos. Depois, maduros, nossos desejos são bem mais difíceis. O cotidiano poderia ser mais líquido, menos temeroso. Trabalha-se para conseguir reconhecimento que se perde dentro de casa. Fica-se com a família para conseguir o reconhecimento que se perde no trabalho. É necessário pular do jogo de compensações, se permitir não ser bem informado, não saber o que acontece, não depender do tempo para definir o que fazer no dia. Ler um livro que não é lançamento. Ler uma revista velha de consultório de dentista. Cortar o cabelo diferente. Escolher um filme no escuro. Fazer palavras cruzadas com ajuda dos resultados. Tomar a cerveja da visita que não apareceu. Ligar para amigos sem um pretexto. Permanecer de bobeira, ingenuamente de bobeira. Não estocar, não se guardar, não se esconder, não esperar o pior, não xingar. Compreender que o outro pode estar falando a verdade, mesmo que a verdade não seja o que gostaríamos de ouvir. Tanto que recebi uma mensagem de um amigo que fala do distanciamento adulto, do isolamento adulto, que não é solidão, que é algo que nos adia até nos adiar novamente:

"Chega uma hora em que não nos esforçamos mais para aprender. Aprender o que o outro quer, o que o outro precisa. Tudo se torna causa própria: minha família, meus amigos, meu trabalho, minhas festas. E o resto que se dane. Eu lembro de minha irmã mais velha. Era ciumento quando pequeno. Interrogava seus namorados como um cão de guarda. Ela levava na brincadeira e ria da implicância. Eu me dava tão bem, não precisávamos ter alguma coisa em comum. Se ela chorava, eu não queria saber o motivo. Eu me juntava a ela como um pacto até ajeitar seus olhos. Eu dedicava minha vida para ouvi-la. Ela dedicava a sua para me entender. Ela me levava em seus passeios, por mais tedioso que é ter o irmão mais novo colado. E não sentia que estava incomodada, ela tinha orgulho de me apresentar o mundo. Alargou os padrões domésticos. Saiu de casa cedo, fez minha primeira festa aberta aos amigos, me ensinou a dirigir, me deu dicas de como me comportar com as mulheres (o que convenhamos, não deu muito resultado). Passou em primeiro lugar na universidade, era inteligente a ponto de tornar qualquer sucesso dos seus irmãos um tremendo esforço. Ela fazia as provas e os testes sem estudar. Nada parecia complicado. Ela cresceu, teve filhos, casou. Eu cresci, tive filhos, casei. Hoje não há alegria, não há comoção das diferenças, não há compreensão. Não nos prendemos ao telefone e acabamos estranhos, indiferentes, medrosos. Ninguém comemora o sucesso do outro. Nossos filhos não brincam juntos. Não dividimos casa na praia. Como telegramas, só nos comunicamos nas tragédias. As diferenças sociais e de classe nos afastaram. Ela apenas fala de trabalho e viagens, do que gasta e não gasta. Eu não sei o que falar. Cada um procura sua mãe para reclamar, que é a mesma."

Fabricio Carpinejar